Nascida em 1955, em São Paulo, Gisela Waetge mudou-se para Porto Alegre em 1980, após concluir o curso de arquitetura na Universidade Mackenzie, em 1979. Na capital gaúcha iniciou sua carreira como artista plástica. Ao longo dos anos 1980, estudou desenho e pintura com Zorávia Bettiol, Vasco Prado, Iberê Camargo, Regina Silveira, Michael Chapman, Karin Lambrecht e Heloísa Schneiders da Silva. Cursou a Especialização em Artes Plásticas na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com Mônica Zielisnky, Icléia Cattani e Maria Lúcia Bastos Kern.

Em 1991, participou da XXI Bienal de São Paulo. Em 1997, suas obras forma expostas dentro da vertente construtiva da I Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, sob curadoria geral de Frederico Moraes. Em 2005, participou da V Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, sob curadoria geral de Paulo Sérgio Duarte. Entre suas exposições individuais destacam-se: Gisela Waetge​, Instituto Ling, 2016; ​105 Dias​, Galeria Gestual, Porto Alegre, 2013; e ​Base 12 – Base 9​, Museu do Trabalho, Porto Alegre, 2012. Entre as exposições coletivas mais recentes que mostraram seu trabalho, destacam-se ​Ateliê de Gravura: da tradição à experimentação, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, 2019; Acervo em Movimento​, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2019; ​O Triunfo do Contemporâneo, Santander Cultural, Porto Alegre, 2011; ​Pintura – da matéria à representação, na Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão, 2010; Tripé/Paralelo 30, no SESC Pompéia, São Paulo, 2010; Órbitas dos anos 80, memória e atualidade​, no Goethe-Institut de Porto Alegre, 2009.

Em 2012, participou do Programa Artista Convidado no Ateliê de Gravura da Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre. No mesmo ano, foi premiada com VI Prêmio Açorianos de Artes Plásticas: Destaque em pintura e Artista Destaque do Ano. Em 2013, lançou, pela série Documento Areal, o livro 105 Dias – Desenhos para os meus amigos, desenhos para viver melhor, com uma exposição na Galeria Gestual, em Porto Alegre. Em 2017, após o seu falecimento, foi lançado o livro de artista Toda caixa de lápis de cor deveria ter um rosa fúcsia, última obra realizada por Gisela, acompanhado por um texto crítico de Gabriela Motta.

Paralelamente a sua carreira como artista, desde os anos 1993, lecionava Patchwork e Quilting, sendo uma das primeiras professoras da técnica no Rio Grande do Sul. Faleceu em 6 de agosto de 2015, em Porto Alegre.